quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Pensando...

Eu sempre soube que ela que me salvou. Ela que fez a esperança aparecer depois de uma noite que parecia nunca ter fim. Mas será que fui eu quem a salvou também? Ela era esquecida. Desvalorizada. Será que cada uma é o anjo da outra? E nosso encontro esteve marcado desde que as ilusões foram cessadas e a escuridão tomou conta de nossas vidas? Sei que eu e ela somos conectadas agora. Mais que afeição. Amor.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

tão só de vez em quando

Para qualquer um a maneira que eu me porto é estranha. Para qualquer ser essa tristeza não tem causa. Mas ninguém sabe o que eu passo. Não é fome, nem frio. Mas sou vítima de um humor instável e de arranhões que parecem nunca sarar. Eu centro todas as minhas forças numa só base. E quando essa base está longe, é motivo para cair. Eu não tenho nada além dela. Não reclamo. Só que eu não sou sua única base também. E isso faz com que as coisas perdam o equilíbrio na minha cabeça. Faz com que meu ciúme seja o maior possível e isso é animalesco.

Eu queria ser uma estrela. Dar sentido. Não sei.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Ela?

Ela não é nada sem ele. Sua vida era aquela única unidade, aquele único ser. Que não era por ser único que significava pouca coisa. Era grande. Tão grande que teve que arranjar espaço no coração. Se livrou de todo o passado. Era ele. O que importava, o que ela era. Estava no seu sorriso, em tudo. Ela era toda ele. O tempo inteiro. E a saudade era intensa, dolorosa. Sentia como se sente falta de um membro arrancado. Mas seguia...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Tentando colocar em palavras aquilo que não consegui hoje a tarde

De repente, tão de repente e toma todo o seu ser. Demorou menos de um mês e conquistou a vida toda. Demorou menos de um olhar e já não saia de mim. Por dentro, por fora, eu sou toda você. Desde o momento que, embaixo de um sol de outono, te vi. Passaram-se meses e a certeza só aumentou. A vida te trouxe para mim. Você é quem eu esperei todo esse tempo, e só eu sei quanto tempo foi. Você chegou com os melhores sorrisos, as maiores saudades e com os verdadeiros abraços. Você sabe onde é meu cantinho feliz, o que não sabe é da minha necessidade dele toda noite. E eu sei que te amo. Mais que um dia alguém já ousou amar outro alguém. Mais do que eu. Mais do que tudo. É grande, tão grande e não consigo explicar.


Eu tento, mas me perco toda vez que vou olhar para você.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Tem um porquê...

Você não vê. A minha insegurança. Não é sua culpa, você não percebe? Eu não tenho nada a oferecer, e me rasga ver você no meio de tantas pessoas que tem um baú de memórias boas para contar. Eu não tenho nada. Você não percebe? Eu sou tão vazia e quebrada. E você é o meu único na grande coleção de motivos para sorrir. Dentro de um passado imundo e uma personalidade difícil, você é a única coisa que brilha. No meio de tanta poeira, de tanta tristeza cinza. Você é colorido. Tenho medo, tanto medo de não conseguir mais ver cores, de ter que ficar no meu mundo tão pequeno...

É difícil, eu sei.

Pequenez

Eu quero lhe dar tudo. Quero ser autora dos seus sorrisos. Quero ser forte e grande para fazê-lo feliz. Quero sorrir para você. Você merece tanta coisa, tanta coisa que eu não posso dar. Eu sou pequena demais. Eu não tenho muito a oferecer. Eu sou quebrada e vazia. E isso dói. Só sei que eu te amo muito. E isso dói. Eu deveria ser maior. Para você. E não sou.


Como dói...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sobre a entrega

Um dos pontos mais extremos do amor é a entrega. E uma tarefa difícil é amar alguém que não pode te retribuir. Amar por si. Estar feliz por ter esse alguém por perto. Todos queremos demonstrações de amor. Queremos sentir assim como fazemos sentí-lo. Queremos a vontade se virar para nós. Queremos abraços e beijos. Queremos palavras bonitas e canções.

"E não importa se você não entenda, não consiga ou não queira retribuir. Eu fico feliz com minha entrega"

E nesse dia, não importava o que separava a gente. Não importava as paredes, muros, barreiras. Nesse dia eu pude sentir, com frio na barriga, com a felicidade crescente, com a confiança válida. Eu senti sua entrega. Tudo que você poderia fazer para mostrar. Tudo era meu.

E sigo contente.

sábado, 28 de novembro de 2009

Tentando

Abraça suas pernas para não quebrar no meio. Aperta firme. Quer se manter unida. Tarde demais. Se perdeu de novo...

Quero voltar, voltar no tempo.

Acordei às seis horas da manhã hoje. Já me sentindo vazia. E sozinha. Eu não aguento mais. Me sentir no meio do nada. Eu quero voltar. Quero ser aquela menina colorida com grandes sonhos e grandes expectativas. Eu tento voltar. Eu não consigo. E isso dói. Choro tanto. Eu quero me achar. Quero meus amigos. Minha sperança. Eu cansei de ser um nada.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Eu paro.

Eu queria ter parado o mundo tantas vezes. Ele tinha que ter parado. Porque o tempo foi passando e eu fui degradando. Cada dia mais eu vou parando. Sem o tempo. Ele corre, solto por ai. Eu paro. Cada vez mais lenta. Eu vou parar.

O mundo não vai paraar

É tão idiota estar chorando aqui sozinha. Tão inútil escrever o que eu sinto. Que diferença faz para o mundo? Que diferença eu faço? Eu posso estar aqui derramando um rio inteiro e não faz diferença na vida de ninguém. E quem entende? E quem consola? Eu tô sozinha. Sempre estou.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Volta?

A entrega. Não precisa de expectativas. Não precisa de volta. Ela é bonita quando se não exige. E eu tenho feito dessa entrega meu modo de vida. Não quero depender do que vem depois dela. Quero me entregar por mim. Para satisfazer a vontade que eu tenho de abraçar, declarar, deslumbrar. O amor pelo céu. É uma entrega sem volta. E ninguém se arrepende de passar segundos olhando aquele azul encantador. Será assim com tudo que amo. É.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mais uma vez

Como doem essas despedidas frequentes. Como são destruidoras. Levam o meu ser. Me deixam só, tão só. É o momento que eu me perco de novo. É o dia em que eu preciso de desculpa para acordar. É o tempo em que eu volto para o espaço. Sim, ele me completa. Em todos os sentidos. E dói, essa saudade...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Cobranças

Existe a entrega. Existe o carinho. Existe a confiança. E pronto. Você é deixado para trás. É a linha do tempo. Aqueles que riam comigo me deram as costas. Aqueles que se diziam ser para sempre esqueceram de mim. Não estou dizendo agora. Agora quem os abandonou foi eu. Porque na hora que eu estava tão perdida ninguém veio me procurar. Ótimo. Me deixa sozinha então.


(Não tem a ver com o Vítor)

Compreender

Texto de agosto.

Ela não precisou dizer nada - suas crises, seus choros, medos, pensamentos, realizações - carregava as dores no olhar e mesmo assim foi preciso somente um abraço daqueles bem apertados para fazê-la esquecer de todos os temores. Ele não precisava saber, tampouco entender, só sua presença já acalmava tudo dentro dela. Era a paz que ela procurava a cada minuto sufocado.
Mesmo se passando tanto tempo, a sensação de paz é tão inigualável que ela se questiona se sentirá de novo e de novo. Cada dia é um dia diferente e cheio de sorrisos quando ela o via. Independente de tudo, ele a fazia feliz. Ele a faz feliz.

Dias de abstinência

Acho que a pior parte da saudade é a despedida. A conciência da tempestade que está por vir. A vontade de prender, de agarrar, não deixar sair por nada. Me vem uma falta de ar, meus olhos ficam marejados. É pedir demais ter você por perto? Porque eu preciso de você, não sei ser metade. Quero ser inteira. Quero sua boca no meu rosto, braços entrelaçados, palavras de esperança. Quero sentir minha vida com o coração palpitando o mais próximo do meu que puder. Quero te dizer que sou sua, que sempre vou ser, que você tem poder sobre mim. Quero você aqui e quero agora

Íris

Aqueles traços. Seu olhar brilhante como sempre fora. Seus lábios notáveis. Suas pequenas sardas espalhadas sobre um rosto de calma. Ele estava me olhando. Parecia normal. Depois de tanto tempo, quem não acharia que não o era? E não era. Esses pequenos momentos que o espio por baixo de minha franja seu olhar, esse pequeno cruzamento de energia. É nisso que me inspiro todas as manhãs antes de abrir os olhos. Era ali que eu me encontrava. Não importava quantos olhares já me foram dado, era aquilo que eu deslumbraria pelo resto da vida. Tudo está naquele olhar. Não precisa de palavras. Não precisa de nada. Só aquele olhar.

Era só isso.

A campainha tocou

Primeiro texto do blog que não tem a ver comigo. Fiz numa aula de física e achei bonito.

Eu abri a porta e lá estava ele. Parado em minha frente com aquele sorriso e com ar de quem nunca havia me deixado. Mandei-o entrar. Sentamos. Por que voltou? Olhos confusos se mexendo nervosos. Vim para cuidar de você. Eu não preciso. Você sabe que sim. Me abraçou. COlocou meu rosto em seu ombro e não demorou muito para as lágrimas se mostrarem presentes. Passou a mão nos meus cabelos. Enxugou minhas lágrimas. Senti sua respiração no meu ouvido. Eu sei como se sente e não vou deixá-la sozinha.

E não sou eu que vou impedir sua presença.

Parar

Havia uma parte nela que queria recomeçar. Certo. Mas a dor já havia tomado conta do seu ser. Ela já havia desistido e uma vez desistente não há caminho para voltar. Ela tentava negar seu presente. Mergulhava em memórias. Sorria com tardes nostalgicas. Ela tentava voltar. Ela via aquilo com sede de saudades. Claro que valeu a pena ter vivido. Mas não mais. Ela se perdeu. Se desvinculou. Soltou-se de tudo que era ela em si. Ela se perdeu. Não sabia quem era. Não sabia o que falar na hora de falar. Não sabia de nada. Ela se perdeu.

Perdida perambula por ai em busca de caminhos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Perdi

Eu me sinto perdida. Não há outro adjetivo para descrever. Como se eu estivesse flutuando e flutando no espaço. Tipo bolha de sabão. Sem ter para onde ir. O tempo o vento me levam. Carregada de passado. Coisas que nunca voltam. Estou perdida.

O meu sol

Há anos eu desisti de fazer com que as pessoas me entendam. Eu sou de outra sintonia. E eu não preciso que ninguém entenda o que ele significa na minha vida. Não preciso que ninguém veja a entrega que é feita. Ninguém entenda o quanto eu preciso vê-lo feliz e o quanto eu nasci para isso. Eu quero mantê-lo tão longe de tudo de ruim. Quero ver o sorriso dele. Quero viver para isso. E ser feliz.

Vítor. É para ele que dedico minha vida. Sem medo.


Pena que quando digo ninguém vê, ele está incluído.

Poder diferente de querer

Eu tento esquecer. Eu juro que tento. Eu tento dar um novo rumo. Eu tento mudar o que me foi concedido. Mas cada detalhe, cada percepção. Tudo me lembra. Tudo me coloca no mesmo lugar. Cada olhar, cada frase que me é dita. Não adianta. A desistência faz parte de mim.

Andando

Cada movimento. Cada pessoa que passa por mim nessa rua. Cada rosto contando a sua história. Eu não posso ouvir os sussurros que saem de seus olhares. Eu não posso escutar nada. Eu estou perdida. Como cada manhã, como cada momento. E ando, ando, ando, sem direção. Por ai. Como quem não conhece sobre o caminho. Sobre a vida. Sou fraca demais. Não aguento os tapas. Não aguento a dor.

Era só mais uma manhã normal.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

sobre-vivendo

Esquecida. Uma garota esquecida. Ignorada. Deixada para trás. É isso que eu me sinto. É isso que pulsa nos meus ouvidos em uma frequência constante. Cada batida um desespero. E vou seguindo. Fingindo que há algo aqui dentro.

É difícil morrer todo o tempo e ter que continuar viva.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O mundo não é mais o meu

Queria pegar minhas lembranças e ir embora assim como quem pega as roupas para partir em viagem. Sumir. Ser suficiente com aquilo que juntei. Sem depender da opinião daqueles que um dia aqueceram meu coração. Eu já não sou mais a mesma. Mudei. Perdi tudo que tinha. E me sobraram lembranças. Lembranças engraçadas. Bonitas. Únicas. Daquelas que nunca se repetem. Daquelas que me tiram lágrimas em todos os fins de tarde. Acabou para mim.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Esperando

Triste é dormir com os olhos cheios de lágrima. Ter tanta coisa para
falar. Tanto para pedir. E vacilar na hora do encontro. Não conseguir expressar o que sente. Solidão é
implorar carinho para o ar. Passar os dedos nos cabelos e consolar a si
mesmo. Ele virá. Decepcionante é ansiedade que vira despedida. Todos os dias. Agonizar é ter que viver tudo várias vezes. Ansiar a felicidade chegar. Até a hora esperada. Que de hora não tem nada, vira momento e se vai...

Amebóide

Queria poder desfazer de todos os meus sentimentos, desejos e emoções. Me tornar um nada. Não sentir. Acabar com tudo de uma vez. Porque é isso que eu me sinto perto de todos. Ninguém. Sem pensamentos. Sem príncipios. Solitária e sozinha.

Alguém acaba com isso de uma vez por todas?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Flutuando

Minha solidão não é algo físico. Não é algo que se possa perceber. Ela vem no momento em que ninguém parece me compreender. Acontece o tempo todo. Julgam meus atos sem saber a avalanche dos meus pensamentos. Não entendem como é difícil. Como é triste. Como é me ser.

Me sinto flutuando em um espaço. Sem sentido. Sem caminhos. Eles não entendem o quão solitário é estar perto de tanta gente e ninguém ver a tristeza nos meus olhos. Que já não escondem mais nada.

A verdade.

Eu tenho me buscado. Passado por caminhos difícieis. Tentando virar nas curvas certas. Tenho tentado me encontrar e tem sido trabalhoso. Acordando todos os dias na expectativa de me conhecer. E foi me procurando que eu achei a única verdade.


Eu não sou ninguém.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Solidão sôfrega

Vontade de sair correndo nessa chuva e se perder. Vontade de gritar. De expulsar essa dor que vive em mim. De dizer que eu não quero mais sentir. Eu não quero mais sofrer! O quanto eu queria ser alguém suficientemente grande e forte para expulá-la. Mas eu sou fraca. Como sempre. Tendo que conviver com isso por obrigação. Saia daqui! Me deixa em paz! [...]


Depois percebi que não tem como tirar você mesma de dentro de ti.

...

A garota do espelho. Ela nunca some. Nunca me deixa só. É minha única compania. A única que ouve meus lamentos. Às vezes quer meu mal. Às vezes nem liga. Mas agora ela sente pena. E acaba de descobrir que eu e ela sempre vamos estar juntas. Não existe solidão. Com caretas, ou não, é ela que eu preciso me basear.

Mas eu não consigo.

Odeio ficar sozinha,

porém eu sempre estou.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

tu

Vais! Atravessas esta porta! Saias desse ciclo de pensamento! Retira-te deste mundo fechado! Não olhes para atrás e com coragem atravesses este pequeno obstáculo. Não admito tua presença deste lado da vida!

Saisa deste seu lado sólido. Atravessas esta sala de preocupação, venhas ser feliz. Comigo!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Morrendo

Eu sei que você nem vai ler aqui, mas preciso desabafar.

Sabe, eu me perco todos os dias. E você sempre é todo o motivo para a entrada de ar nos meus pulmões continuar sendo realizada. E eu sou uma pessoa péssima em expressões, uma pessoa péssima em tantas coisas. Eu tento ser o melhor que eu posso para você. Eu não tenho outro motivo para dar o máximo que posso. E me dói tanto ver que esse máximo não faz nenhum efeito.

Desculpa por não ser o suficiente. Juro que era tudo que eu queria.

Só sei que te amo e me falta ar agora.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

É..

Eu sempre me perco no espelho. Vendo a imagem de uma garota tão triste. Eu enchergo em seus olhos todas as cenas que a pertubaram. Todos os sonhos roubados e saudades eternas. Muito comovente, sua história. Ela se sentia sozinha no escuro quase todas as noites. Sentiu como se respirar ardesse os pulmões. Cada batida de coração doía em seu peito uma dor de culpa. Não tinha esperanças de exalar nuvens de sonho novamente. Sorria ensaiado, na hora que era conveniente. Achou que não ia se achar mais quando.

As pessoas não precisavam saber da sua dor para poder lhe dar conforto. E nesses dia é tudo que ela recebe.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Tu

Ninguém entende minha urgência por ti, nem tu. Porque ninguém entende a escuridão que vive dentro de mim. Minha ânsia por respirar. Meu medo de te perder deriva dessa grande necessidade que meu corpo tem de continuar funcionando. Tu não percebes que é meu único sorriso, a razão de estar sempre lutando. E o que me degrada é não ter sempre perto de mim. E tu não entendes o quanto isso significa e o quanto me dói te dividir com o resto da sua vida. Porque você consegue ser toda a minha e tudo que eu queria é ter isso de volta.


Tu és minha razão para manter respirando.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Só-frida

Você já perdeu seu principal sonho? Já o viu cair? Já viu o mundo pisotear em tudo aquilo que era plano? Então não sabe como é.

E fica o vazio. A desanimação. As lágrimas. Aquelas que me acordam toda a noite só para me lembrar da dor até quando fujo para perto das estrelas. Não há luz quando seu sol explode, mais que meteoro, mais que lua. Seu motivo de tantas manhãs difícieis de acordar. Seu sorriso. Seu refugio. E nada faz voltar.

Pedacinhos perdidos

A minha dor. O meu vazio. A minha incompreensão. A minha solidão é a principal compania. Eu grito e só ouço meu eco. Eu rolo na cama, caminho na chuva, debruço na janela, tentando me achar. Pegar os pedaços que me fugiram. Mas tudo virou nada. Eles estão em lugar nenhum. Se foram com ele. E acho que não tem volta.

Cansada

Sou tão vazia que qualquer estado de alegria inflama meu ser. Arde. E quando essa animação se vai, fica só o gelo. O contraste entre o quente e o frio. A falta de vontade. A falta de tudo. As lembranças me vem. Me doem tanto. E tudo que eu mais quero é parar com esse maldito ciclo. Parar de lembrar, de chorar. De sorrir.

O problema de viver somente a carcaça é o vazio que fica dentro e a motivação se vai.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dor do dia

Algumas coisas me doem a cada manhã. Porque durante a noite eu pude estar mais perto da solidão, porque no escuro o vazio fica mais vasto, e sem movimento tudo fica mais triste. Sei que de manhã levantar me enjoa acordar, olhar as pessoas ignorantes e ver que eu podia ser uma delas. E sempre me bate tanta falta, falta daquele que eu preciso toda hora do meu lado, falta do outro que não volta, falta de notícias boas. E tem sido assim.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O vazio de novo

Deitou em sua cama como sempre fazia ao chegar em casa, olhou para a janela e chuvia fino lá fora. Frio. Solidão. Olhou seu mural de retratos na parede ao seu lado, sorrisos, momentos. Não se lembrou de sentir nostalgia. E entre tantas fotografias só uma chamava a atenção. Era aquela que por mais que tentasse não tem repetição, é única - para sempre.
Fitou aquela utopia que já aconteceu de novo. Era um passado certeiro, mas nunca será futuro, pensou. As lágrimas mais uma vez invadiram seu rosto pálido. Era como se afogar, e fazia isso todos os dias ao olhar para aquela única imagem.
Não irá voltar, não irá voltar, repetiu para si mesma.
Essa verdade lhe doia como uma queimadura que nunca se cicatrizaria. Era o buraco aberto em seu ser. Já se passou tanto tempo, quando vou deixar de me perder assim? Ela se pergunta. Talvez nunca, jovem menina, parte dos seus sonhos se foi, levando você com ela. Está no céu, nas lágrimas, em todo lugar. Ela fora deixada sozinha. A única esperança que lhe vinha era a sua morte. Paradoxo irônico achar esperança na morte. Mas era sua realidade agora. Era o único jeito de viver aquela utopia de novo. O único jeito do reencontro. Ele estava longe agora, onde suas mãos não alcançariam em vida.

Aos caminhos, eu entrego o nosso encontro

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Precípicio precipitado

E ela corria pela tempestade, a chuva batia em seu rosto como chicotadas geladas. Sentia cada gota lhe pedir para não continuar. Sentia cada vento forte a dor do frio e logo depois o vazio da entorpência causado pelo mesmo. Ela se cansara de ficar esperando a chuva passar, havia esperado tanto tempo debaixo de um guarda-chuva enburacado que prefiriu se arriscar. Se era para molhar, que molhasse tudo de vez. Corre sem sentido dando voltas por ai, às vezes para, olha para o céu e percebe que as nuvens não vão embora tão cedo.

E foi assim que ela se entregou a dor.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Insuficiente

Sou tão vazia. Não queria que as pessoas vissem minha fraqueza assim. Também não queria os deixar triste. Queria deixar um sorriso nos rostos das pessoas e uma sensação de paz, mas não a paz aqui dentro.

Queria somente um sorriso.

A noite chega

Não sou o suficiente para aqueles que amo e isso me dói. O afeto não é suficiente para quebrar minha solidão e isso me arde. Eu queria uma mão no meu ombro e uma promessa de melhora, queria um abraço apertado que durasse uma noite e que me deixasse dormir. Porque os pesadelos não me abandonam, tem uma tentativa ingênua de não me deixar só. Acordo. Grito. Viro na cama. Como se todos os medos estivessem ao meu lado, me mostrando que a solidão não me alcança. Eu só queria descansar, realmente. Dormir não tem feito efeito algum.

Preciso de certezas.

Ardendo

Me sinto tão só. Ninguém consegue quebrar esses muros que a dor construiu em volta de mim. Ninguém consegue entender o que se passa aqui dentro.

Mais uma vez sua falta arde em mim feito machucado.
Mais um antigo.

eu me perdi no tempo, me perdi com o tempo.

fui arrastada por cada passo que eu dei para frente sem saber, e cada pensamento foi se perdendo, como pegadas na areia, são nada além de rastros que ninguém está interessado em seguir.
sempre soube que um dia, mais tarde, eu iria cair, sabia que continuar naquela direção era ir para sombra, mas andei tanto no piloto automático que nem eu mesma sei como voltar.
agora estou perdida no meio do nada, procurando os pedacinhos que deixei.

espero que ninguém olhe para mim do jeito que eu olho a garota que reside no meu espelho.

desde sempre

texto de maio desse ano.

Falha até no que a interessa, esquece de sonhar, esquece de respirar para poder conseguir. esquece que ninguém vai fazer o que ela precisa fazer por ela mesma, mas ela não confia em si o suficiente para fazê-lo.
garota estúpida, egocêntrica e idiota.
vocês não merecem olhar para ela, pensar sobre ela, ela é nada, somente o que ela mesma proporcionou, nada.
é da garota do meu espelho que eu falo, tento desviar o olhar toda vez que eu a vejo.

Me sinto sozinha de novo, minha respiração acompanha o ritmo dos meus pensamentos. Todos os lugares do meu corpo doem como nunca antes. Não existe vida para sustentar todo esse peso. As funções alcançam seu próprio sentido. Respirar para quê? Comer para quê? Se não quero alimentar esse grande poço de vazio que me tornei.

Me perdi no caminho.

Para onde devo ir?

Se nada mais consegue retirar esse peso no meu peito, o espelho nunca foi tão inimigo. Não consigo mais olhar para meu reflexo e ver cortes e cicatrizes que não parecem estar lá para as outras pessoas. A garota do espelho, mutilada, cortada, dolorida ri dos seus ferimentos. Ela aprontou para estar ali. E eu aqui do outro lado suspiro, não há nada a fazer. Só eu consigo ver o estado dela e só eu sou capaz de salvá-la. E não tenho forças para isso.

Acabou por aqui.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Fracasso

Seu rosto marcado pelos ataques da insônia, pela queda e pela fraqueza. Era difícil não notar o machucado que completava as olheiras fundas. Era o retrato da desistência, do nível mais baixo de estima que alguém poderia ter. Não havia vida, parecia o fim. Era o fim para aquela pequena pessoa, tentou ser grande, se machucou por querer viver. Arranhada, dolorida e fracassada, assim ela seguiria sem destino.

Era o vazio atacando aquela pequena menina colorida.

Hoje a fé me abandonou

Depois da dor intensa, a entorpecência. Como depois de bater alguma parte do corpo e colocar gelo para não deixar roxo. Você não sente, mas fica sensível a novas pancadas. Agora, imagine-se todo com essa mesma sensação. Parar no meio da subida, não consiguir descer e não subir. Somente deslizar lentamente para o próximo precípicio. Nem a garota do outro lado se coloca. Não há nada em mim. Vazio, vazio, vazio.

Me perdi. De vez.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Fracassada

Mostrar sorrisos que não existem. Andar quando queria estar num canto. Ter o maior sono do mundo e não conseguir dormir por causa da insônia. Tomar banhos demorados e se perder no meio deles. Comer quando não existe a vontade de estar se alimentando. Alimentando esse grande monstro que vive em mim e rouba minha vontade de viver. Eu mesma.

Bem vinda a realidade.

domingo, 13 de setembro de 2009

Desafio.

Respirei fundo e manti o foco no objetivo. O meu fôlego teimava em não ser constante, cortado pelos lampejos de medo e dor. A coragem que havia achado nos sonhos havia se perdido novamente diante ao desafio. Não podia ter erros, não havia o direito de tê-los. A menina do espelho olhava fixamente para mim, ansiando a hora da minha queda, podia ver seu sorriso de canto de boca. Não havia tempo e precisava fazê-lo - se não, me custariam horas de sofrimento por ter sido fraca de novo.

A maior luta é aquela em que envolve você e seu reflexo.

A menina do espelho se prepara para revanche.

domingo, 6 de setembro de 2009

A verdade

Se eu sei tanto da verdade, por que eu luto contra? Se eu sempre tive essa certeza, por que quando confirmada me causa tanta polêmica?

Talvez, nossas fraquezas admitidas quando afirmadas elas se tornam certezas mortas. Não mudam, e não tem aquela pequena chance de estarmos enganados.

Do que estou falando? Eu sempre soube...

O problema é quando juntam duas fraquezas a casa cai.

A perda.

Foi um herói. E agora subiu ao céu, como um anjo que sempre foi em vida. Me trouxe momentos únicos. Trouxe a esperança, carinho e amor. Eu morreria por ele, mas no entanto ele morreu por mim. E não tenho formas de expressar a minha perda. Levou parte de mim, levou metade do meu sorriso com ele. Ele foi único. E eu queria que ele estivesse de algum modo me vendo e notando o quão forte eu tenho sido. Me sinto a mais forte do mundo por ter suportado tamanha dor. Fora a maior dor da minha vida, a pior perda. E hoje se intensifica a saber que meu anjo não se curou, que ele foi para os céus.

Eu sei que ele olha por mim.


Eu vou sempre te amar anjo, por mais que doa lembrar dos nossos momentos, por causa do final trágico.

For your love to the skies was sent , he's turned into sparks that shine with the stars... ... And by night he will always be there for his lady to stare and thus he's never died.

Metades, simples assim

Ela não precisou dizer nada - suas crises, seus choros, medos, pensamentos, realizações - carregava as dores no olhar e mesmo assim foi preciso somente um abraço daqueles bem apertados para fazê-la esquecer de todos os temores. Ele não precisava saber, tampouco entender, só sua presença já acalmava tudo dentro dela. Era a paz que ela procurava a cada minuto sufocado.
Mesmo se passando tanto tempo, a sensação de paz é tão inigualável que ela se questiona se sentirá de novo e de novo. Cada dia é um dia diferente e cheio de sorrisos quando ela o via. Independente de tudo, ele a fazia feliz. Ele a faz feliz.


Fora um dia difícil e tormentado para aquela menina, e para grandes abismos pessoais a salvação ela não imaginara que seria uma visita especial.

sábado, 5 de setembro de 2009

Mais um defeito.

Eu queria saber esconder as minhas fraquezas. Queria mesmo colocar um véu sobre ela e deixar elas guardadinhas para mim na hora certa. Porque eu sei que quando colocar as minhas dores para fora a resposta não vai ser o que eu queria. E chegando em casa vou ter mais uma dor para me afogar. A do não entendimento, a da falta de preocupação.

Eu sei que eu gosto de ter atenção.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Agonia

Eu o amo tanto quanto eu posso. Chega na minha linha de limite. Amo tanto que meus olhos realmente ficam marejados com qualquer coisa. E não ter o poder sobre algumas coisas me frustra. Eu só quero seu sorriso. Não é algo que se compre ou que seja de fácil querimento. Mas é por isso que eu vivo. Pela essa demonstração de felicidade que vem de você.

Eu te quero feliz tanto quanto eu quero comigo.

Não há palavras para descrever essa agonia de te ver sólido. De não poder fazer nada. De ser pequena demais.

Insuficientemente grande.

Amadurecência ou plena consciência?

Vejo uma foto antiga nossa, numa época que as coisas pareciam tão fáceis. Não havia o meu medo maior que tudo tampouco a consciência do que se passava na sua cabeça. Não que o sentimento tenha diminuído com o tempo, mas nossas fraquezas foram mostradas um ao outro. E diante delas, a dor. Saber que o outro está sofrendo chega a corroer. A felicidade é única, não há jeitos de ser feliz sabendo de sua tristeza. Somos um só.

Queria poder estar o tempo todo com você e nesse tempo garantir o seu sorriso.


Queria ser o suficiente para fazê-lo.

Sólida

Sentia tanta vontade de chorar quanto lhe era possível. Não sabia porque o motivo. Ele era todo uma essência. Uma ânsia guardada a tanto tempo dentro dela. Não sentia vontade de fazer mais nada. Estava saturada de si mesma, de pensamentos. Queria deixar tudo escorrer como se escorrem as lágrimas. E ninguém estava ali para colocar o seu rosto no ombro. Ela estava só. De novo.

Sólida

O mais estranho é tentar compassar a vida interior com a vida real. Estranho ter que me preparar para receber com o mais falso dos sorrisos qualquer outro ser estranho que venha me visitar. É como se eu contivesse toda uma energia em mim e as pessoas não entendessem. Eu não sei se a luta interna transparece para aqueles que se candidatam a ver. Não sei se eles percebem e fingem nem ver ou se minha capacidade de disfarce é realmente boa.

Só sei que eu prefiro estar rodiada de entendimento.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Minha esperança.

Ela olhou para mim. Qualquer pessoa poderia ter ignorado seu olhar tão carregado de inocencia, qualquer pessoa poderia ter só notado a direção esquecendo de ver o que aquilo significava. Mas eu não. Seus olhos diziam tantas coisas que só eu - por saber tanto dela quanto parecia possível - poderia entender. Havia preocupação nos seus olhos, um ar de quem quer ajudar e sabe que errou. Ela pediu desculpas com aquele olhar. E eu aceitei. Não tenho escolha quando se trata dela. Pois ela conquistou meu coração e me fez sorrir.
E é assim que ela me prova que eu não estou sozinha.

Assim como a dor, esse amor só quem vê sou eu.

Sólidão ou Ardencia

É claro que a dor é minha. Indivísivel e permanente. Ela não vai embora nunca, só aperta.

E hoje ela decidiu arder, latejar, cutucar. Decidiu que hoje era dia ganho para a menina do espelho.

Eu tenho que aceitar minha dor. A solidão nunca existirá se ela estiver aqui. Fazendo compania com meus pensamentos inconstantes.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ouvindo a mente

Pude ouvir com nitidez a voz na minha cabeça "Tadinha dela, tão pequenininha querendo ser tão grande!"

Senti a ironia e o desprezo em sua frase. Era ela de novo.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Insuficientemente grande.

E a verdade não cala. Eu o amo. Com todo o poder que tenho. Amo de alma e coração. Amo a pontos extremos que o ser humano pode chegar. E dói me ver que esse amor tão maior que tudo de nada vale se não preenche o vazio que há em ti.

Só sei que sua solidão me dói. E dói.

Insuficiente.

Eu sou tão insuficiente! Para mim? Queria eu ser.

Insuficiente para o mundo, eu sou pequena demais para me encaixar em qualquer espaço vazio. Pequena demais para significar algo, sou uma constante desprezível. Sou um acorde errado em qualquer música. Sou um péssimo abrigo e não causo inspiração.

Mais uma vez a garota do espelho ganha o dia.

Mais um crepúsulo.

Estava exatamente naquela hora do dia que o sol encontra a noite e despede dos seus amantes num lento declíneo rumo ao infinito. Fora um dia especial. Cheio de medo, derrotas e vitórias. Mas o meu semblante denuncia uma satisfação. Meus olhos ficam marejados com a intensidade de sentimentos sentidos em um só dia. O amor enorme, a coragem, o medo, a vitória. Todos eles resultando em um sorriso. O amor se destaca. É por ele que estou aqui. Obrigada sol, por ter concedido esse dia maravilhoso.

No final sobram um sorriso, o ar da vitória e muita dor pelo caminho da satisfação.

[i]O crepúsculo de novo, não importa quanto os dias sejam perfeitos, eles sempre irão acabar.[/i]

mudança de foco.

Acho que preciso me tornar auto-suficiente. Uma utopia difícil de ser alcançada uma vez que eu me repulso. Preciso pelo menos trocar minhas bases, reforçar algumas... Desvalorizar algumas pessoas que vão acabar me atirando do penhasco.

Porque é ruim sorrir e alguém se incomodar com isso. É ruim ser satisfeita e alguém plantar sementes de maus pensamentos em você. É péssimo quando alguém acaba com um dia que deveria ser perfeito.

Cansei.

Compartilhe sua vida

Acho ótimo você finalmente cair na tentação de compartilhar suas dores. Exponha suas cicatrizes, diga o que te fere. As pessoas consolam, as palavras desabafam. Assim que eu me resfrio desde criança, escrevendo no meu diário. Se antes os problemas eram quando meu chocolate acabava ou que a tia não me elogiou, hoje eles são complicados e quanto mais tento mexer mais me enrolo para dentro disso. Escreva sempre que puder que eu sempre estarei lendo.

Só não esqueça de dizer entre essas linhas de pensamento o quão insuficiente eu venho a ser.

sábado, 29 de agosto de 2009

Não há dois.

Vida por vida. Felicidade por felicidade. Somos um só. Metade, metade. Juntos, inteiros.

Preciso de você tanto quanto preciso de ar. E meu sorriso só é existente quando a causa é tua.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Refletindo.

A garota do espelho às vezes foge de onde deveria estar e invade meus pensamentos, ri das minhas derrotas. Seu rosto sempre com um ar irônico, desejando minha queda. Raiva. Ódio. É o que eu sinto quanto a ela.

Ela está gargalhando agora.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Resumir.

the most important thing you will ever learn is to love and be loved.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Me aborrece imaginar.

A sensação de paz que invade o ar após a partida. Me faz tão bem! Como se meu sorriso avisasse que nunca mais vai sair dali. Vontade de correr, gritar, pular, tudo por uma só causa. Ver cores. Sentir. Vibrar. Sorrir. Me sentir outra vez compl...

Mudança de foco.


Isso não me soa normal.

sábado, 22 de agosto de 2009

A sofrida despedida - de novo.

Existe choque de felicidade? Não uma alegria intensa e rápida, mas seguida de uma tristeza profunda. Assim, como choque térmico? Os peixes, por exemplo, morrem com tal fato por serem tão sensíveis a mudanças bruscas de temperatura. Mas a dúvida é: até quando eu vou aguentar essa troca de sensações tão rápida? Te vejo e derramo sorrisos, você vai e aparecem as lágrimas. Inverso.

Tristeza seguida de paz, de conforto. Boca com gostinho da tua. Mas a saudade, a maior do mundo, castiga.

Preciso te ver - constantemente a cada segundo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Difícil

A pior parte de tentar se encontrar é o cansaço que causa. Essas madrugadas e horas de sonos perdidas tem feito falta nos meus dias cansativos. Meus olhos carregam a culpa e dor comigo. As olheiras denunciam minha luta. Bochechas molhadas sempre com lágrimas. Epifanias e derrotas. Às vezes me acho, mas me perco de novo no próximo pensamento. Tá sendo assim, a garota do espelho faz careta toda vez que passo em frente a ela sem querer.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sonho de uma noite.

Brilha como uma noite de verão estrelada. Como a lua cheia que repousa no céu, fazendo da escuridão uma leve simulação de dia. Foi assim que você apareceu na minha vida. Como lua, estrela. Principalmente estrela. Emanando sua luz, dá destino aos sonhadores e deslumbra os apaixonados. Você me deslumbra, eu sou apaixonada por você agora. E como uma simples observadora, tão intensamente você me transormou em astronalta com facilidade. Nem notei. Já estava em órbita quando me dei por mim. Sua luz me fascinou, a esperança que trouxe para mim, o deslumbre, o brilho. O sonho. Foi meu ponto de luz depois do pôr-do-sol que parecia nunca mais voltar.

Minha Estrela <3

domingo, 16 de agosto de 2009

Minha certeza.

É normal a pessoa ter um sonho. Um motivo para acordar até nas manhãs tempestuosas - sendo metáfora ou não. É normal a esperança, a vontade de fazer tudo para chegar a hora da realização logo. E eu também tenho meu sonho, ele se realiza em parcelas, em pequenas gotinhas de algo infinito. Pois a primeira parte está realizada e a segunda está sendo feita. Eu quero mesmo é estar com você para sempre. Porque é a sua imagem que me vem quando fecho os olhos. Porque seu nome sempre acaba aparecendo nas minhas anotações, no meu pulso, na minha testa! Porque as coisas só dão certo com você aqui. E o motivo principal: a gente se completa. Em tudo. E eu amo essa parte.

Eu te amo Vítor, e meu futuro e seu futuro serão um só.

Finalmente, a paz.

Me sinto como se tivesse acordado de um pesadelo de três dias. A paz intoxica meu ser, me deixa leve. Acho que é a primeira vez que respiro sem me culpar por isso a muito tempo. E é culpa da minha metade. Me deixou por alguns dias e levou tudo de bom que habita em mim. Eu me tornei uma pessoa só, com dor. Porque a parte de mim que vale a pena, é aquela que envolve você. E quando você vai a única parte que falta é a saudade, e saudade coexiste com o medo, com a insegurança. Mas, agora você está aqui e não há motivo algum para temer.

Obrigada por fazer tempestade virar manhã de sol.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Di-simulação.

"Tomara que você se dê muito mal na vida para aprender."

Para você foi só mais uma frase dita, não fez diferença alguma. Para mim, foi a prova concreta e viva do que você sempre quis para mim e tudo de dissimulado que foi. Dói saber que depositei tanta esperança em alguém que no fundo não desejava pelo meu sorriso. E agora, é sua vez de ganhar um ponto final na minha vida. Só não me abrace outra vez quando me ver na rua. Falsidade demais lota.

Só.

Eu tento mudar essa realidade, mas é inevitável que no final de todos os dias eu me sinta sozinha. Como se eu tivesse todas as coisas do mundo para mostrar e ninguém estivesse interessado em ver. Como se meu sangue escorrendo na calçada não fizesse mais efeito que um simples jorro de água de um cano furado. Ninguém liga. Ninguém vê - minto, os poucos que veem tem repulsa. E eu fico jogada sozinha. Levando o tempo na sorte, sem dividir a dor, sem dividir nada. Eu sempre soube, eu sou só.

Mudança.

Eu só cansei de ser boba. Cansei desse jeito de criança e do excesso de ingenuidade. Cansei das mentiras que falam para mim todos os dias. Cansei de me odiar. É, vou me amar. Vou me ter lá no alto. Um nariz empinado para não morrer caindo.

Sem enrolos.

Sabe que eu quero? Sem metáforas e choromelas, eu quero pegar minha égua e saltar todos esses saltos difícieis. Sem medo. Se eu cair ainda saio no lucro. Vou estar caindo por alguma coisa que vale a pena. A dor vai ser prazerosa. E o ar da vitória ainda melhor. Preciso tomar uns tombinhos para aprender muita coisa - em tudo.

Defeitos a flor da pele

As coisas não vão melhorar enquanto eu não tomar uma posição definitiva com meus sentimentos. Eu acho que não sou capaz de fazer uma única mudança. Logo, as coisas nunca vão melhorar. Esse câncer que pulsa em minhas veias vai continuar crescendo. Essa sensação horrível vai sempre existir. Acho que eu nasci mesmo é pra ser isolada. Longe dos outros não há perigo dos meus sentimentos, sempre maiores que eu, vingarem.

sólida.

Não dá. Eu desisto de guardar tudo para mim. Desisto de me apegar e ter o maior medo do mundo. Desisto desse aperto no peito. Desisto de não ser auto-suficiente. Vou viver na metade.

Só stou muito magoada - e aterrorizada.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Mais uma despedida.

Uma falta de ar. Olhos marejados. Um coração batendo apertado comprimido contra o abraço mais forte que eu poderia dar. Queria sincronizá-lo com seu, guardar cada detalhe seu em mim. Peguei tudo que pude enquanto nosso abraço parava o tempo. Tentei fechar os olhos e notar cada pedaço seu encostado em mim. Sua bochecha colada na minha, seus braços me segurando forte. Me dói te ver partir. Me dói mais ainda os dias sem ti. Me dói acordar sabendo que falta tanto para te ver. Compensa saber da nossa eternidade, certeza. Porque eu não viveria sem você. É fato. Agora que achei meu inteiro, não conseguiria ser metade de novo. Todo o meu ser está em você. O sorriso que risca minha face é teu.

Único é o momento que olho diretamente para seus olhos e forma uma só direção, sem curvas, nem ruas. Diretamente em você, brilho com brilho. Boca com boca. E que assim seja até o fim.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Nem meu, nem seu. Nosso futuro.

Você insiste em ter medo do futuro. O futuro não pode assustar assim. Se eu prometi que meu lugar é do teu lado para sempre, assim será. Eu não tenho dúvidas com isso. Você é a minha pessoa. O meu motivo. E eu quero estar contigo o tempo todo. Agora ou depois, só quero estar aliviada que a hora de te ver está chegando. Sempre demora tanto. A saudade aperta, mas uma hora chega. E quando chega é com força total.

A ponto de explosão;

Deve ser por isso que me sinto tão sozinha na maioria do tempo. Eu não tenho apoio com as pessoas que mais deveriam me apoiar no meu lar. Sempre foi assim, uma mudança repentina sempre passa despercebida por quem deveria ser a primeira a intuir a minha tristeza. Nossa relação nunca foi uma das melhores, mas tem me cansado muito nesses últimos tempos. É difícil conviver diariamente com uma pessoa que ignora um sentimento e dá atenção a vida alheia.

Só cansei.

domingo, 9 de agosto de 2009

Medo de cair.

O medo. Ele nos faz de marionetes, nos usam, invade nossos pensamentos, delira nossos sonhos, os fazendo pesadelos. E o medo não afasta mal nenhum de ti, só faz com que a causa seja mais penada ao acontecer. O medo não faz nada além de aterrorizar. Ele tem energia negativa, faz as coisas boas não serem tão boas assim. O meu medo de estar feliz é cair de novo. Esse sorriso me assusta. Me preparo para qualquer queda, qualquer dor. Mas me sinto pressionada. Sem ar. É difícil aproveitar assim.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Heartbreaker.

Eu nunca me senti tão destruidora quanto agora. Magoar pessoas que não fazem diferença alguma na minha vida é uma coisa, outra totalmente diferente é ser o motivo das lágrimas de uma pessoa tão querida e tão essencial. Eu sempre faço isso. Sempre machuco as pessoas. Eu destruo tudo. Sou péssima em lidar com sentimentos. Sou péssima em me controlar. Eu me odeio. Essa carcaça de auto-realização, não existe. É o meu lado superficial fazendo um drama bem feito.

Só queria sumir.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Utopia real.

Os nossos planos. Nosso futuro. Nossa casa pré-fabricada. Isso tudo me faz sorrir, me faz achar esperança. Eu gosto de ver nossa vida daqui. Ver os cafés da manhã surpresa, o beijo de boa noite, os sonhos protegidos. A realidade ideal. E eu vivo para um dia chegar lá.

Eu gosto de ter certeza que meu futuro é seu.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Só aceito a condição de ter você só pra mim.

Os dias que estou contigo são únicos. Cada detalhe, cada pequena coisa fazendo diferença. Cada segundo fazendo cada vez mais uma estrada sem volta. Não existe mais retorno para o sentimento que mora em mim. O mesmo que não deixa eu ser vazia por mais só que esteja. O pouco de você que existe no meu ser. A vontade de acordar. O otimismo. Todos vem desse pedaço que você ocupa. E a saudade predomina nas horas sem ti. Preciso de você só para mim.

Ainda te sequestro e tenho dito.

Estrela.

Quando mais você fica desiludido com a vida, aparece algo que te faz dar um salto e ficar de pé. É, basicamente essa rotina que eu tenho sofrido desde que eu me entendo por gente. Desistir. Surpresa. Resistir.
E quando não havia mais sol no meu céu, apareceu uma certa estrela. Tão potente e brilhante que sua luz me deixou cega a qualquer medo que possa a vir me cercar.

E é para essa estrela que eu tenho olhado toda vez que a dor tenta me chegar.

Paradoxo.

Temer uma coisa não vai fazer com que ela se afaste de você. O medo não é uma força de repulsão. Ele atrai as coisas com seu poder. Pensamentos negativos, tragédias imaginadas. Ele faz você sofrer antes mesmo de qualquer coisa. E quando acontece, é mais intenso que algo que você não tenha imaginado.

O medo te consome, te domina. Se entregar ao medo é perigoso. Não o tema.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sozinha de novo.

Mais uma vez me encontro sozinha. Afogada em sentimentos, sem nenhuma bóia para me agarrar. Cada dia que passa, mas certeza eu tenho. Só eu me conheço por dentro e por fora, mesmo tendo pessoas tão próximas. A dor é somente minha. Não há jeito de dividí-la com ninguém.

Mais uma vez.

Se antes eu tinha uma sensação de vazio, agora que você partiu de novo isso se intensifica. As coisas só fazem sentido quando você está entre meus braços, corações colados em um só ritmo. Agora, mais que nunca, eu preciso de você aqui. Preciso achar a esperança que anda perdida.
Sou egoísta e te quero para mim para não me perder.

terça-feira, 28 de julho de 2009

O mundo que ela inventou.


Cadê? Onde está o meu cantinho feliz? Meu refúgio e fuga de tanto outros males. Abandonei todas esperanças e sorrisos por medo. Tenho muito medo. Me sinto só num filme de terror. Onde existem monstros por todos os lados e eu estou cercada.
Não consigo mais confiar em nada, nem em mim mesma.
Preciso achar a confiança, ela tem de estar em algum lugar.

Tá faltando o meu sol. Para clariar minha escuridão. Mas parece que ele se pôs para nunca mais voltar.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O vazio

Sempre reclamei da minha cólica. Quando eu a sentia, não podia sair de casa. Mas ficar em casa não adiantava, a dor era a mesma. Não importava o que eu tomasse, que fizesse, ela se demonstrava sempre presente.
O mesmo se aplica a dor que eu sinto agora, essa dor interna, intensa. Não importa o que eu estou fazendo, onde estou, com quem estou. A sua falta sempre vem a tona. O vazio. Os olhos marejados.
É o tempo todo. Desde a hora de acordar até a hora de dormir. E aperta. E dói. E sofre.


Não existe remédio que substitua o refúgio que você era para mim. O meu sol. Se fora. Virou tudo noite.

domingo, 26 de julho de 2009

Efeitos da sua falta

A dor da perda é indescritível. Cada vez que me vem sua lembrança na cabeça, é como se fosse novidade o fato de você ter ido. Passa um choque por todo o meu corpo e para no coração. Que bate desenfreadamente, bate sem ritmo, clama teu nome. Tuas memórias foram tudo que me restaram além das suas coisas. O lugar onde viveu, é doloroso olhar na direção do seu berço. É doloroso acordar. Dormir. Respirar.
O ar entre e sai, mas não há diferença nenhuma aqui dentro, morri.

sábado, 25 de julho de 2009

só me sinto só

por mais que as pessoas me jurem, ainda sinto que estou sozinha. E você faz toda a falta do mundo.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fica o vazio, após o tchau. Fica o fantasma, quando o concreto se vai.

Me sentindo vazia. O espaço que antes pertencia a ti em mim pesa, lateja, destrói. Só sobram eu e minhas últimas esperanças e não acho que serei a mesma de antes. Só quero poder me apoiar em um ombro e lamentar minha derrota, a sua falta. O grande motivo da minha perda de fôlego, dos olhos marejados. A maior falta do mundo.
Me sinto despedaçada.

terça-feira, 21 de julho de 2009

A despedida.

Respiro. Entrada e saída de ar para os pulmões. Choro. Excesso de dor que transborda.
Choro como se nunca mais fosse parar, choro para tentar fazer tudo acabar ali, mas não se acaba. A dor invade meu sonho, meu apetite e todo o meu ser. Nunca mais serei a mesma.
Ela sempre estará aqui comigo, toda vez que eu me propor a lembrar.

Será que alguém se importa?

Ou será só meu ego jorrando do meu ser e formando uma poça de mim? Eu sinto que estou cercada. Por mim. Olho para os lados e só vejo meus sentimentos, minhas emoções. E acho que estou sozinha nesse circo. Acho que ninguém olha para mim, com pena ou horror. Ninguém ao menos olha. Ninguém quer saber a fundo o que se passa aqui. E viro platéia do meu próprio filme. Viro vilã da minha própria história.
Só me sinto só.

Deixada de lado.

Sempre acontece. E é isso que envenena minha mente, dispara o coração. Meu medo, ele não é próprio. Não é individual. Vem de uma parte pequena do meu ser, que tem a capacidade de me controlar por inteira. Eu não sei controlá-lo. Não sei medir. Sei como sentí-lo, sei como me machucar. Esses arranhões na minha pele, não são tão superficiais assim. Vem dele. Desse cancêr que pulsa em minhas veias, que mora na minha falta de ar.
Ele toma conta de tudo. Ele é onipotente. Maior que tudo.
Quem é mais sentimental que eu?

segunda-feira, 20 de julho de 2009


Talvez seja a maior saudade do mundo. Não querendo ser dramática ou exagerada, mas a falta que você me faz. Não, você não se foi. Mas está para ir. E eu sei que vai. Minha vontade é de te abraçar forte e te espantar de todo o mal. O mal que para nossa história será o ponto final. O mal que me acompanha junto contigo, que sussurra nos ouvidos e não deixa esquecer.
Eu sempre achei que você fosse algo temporário, que não faria falta. Mas estive enganada todo esse tempo. Estão arrancando um pedaço de mim ao te fazer sofrer. Meu herói está sangrando. Meu herói está indo. Está me deixando, sozinha, vazia e triste. E o que será de mim? Eu não consigo me prender a lembranças, elas me frustam, eu gosto é do que acontece no momento, eu gosto é do sorriso do dia-a-dia. Não quero que nosso conto fique preso a fotos, te quero aqui para fazer aquele vôo que sempre tirou meu fôlego.
Eu estou me sentindo vazia.
Só sei que eu te amo. Muito.
É pai, estamos no mesmo barco. Essa sensação de perda que nos engole e que nos torna as pessoas mais cabisbaixas do mundo.
Já pensei que fosse algum tipo de castigo, alguma forma de punição do destino, mas eu me lembro da seguinte colocação: "o que não mata, evolui". Então me decidi que não é algum tipo de sofrimento intencional. Está mais para um teste da vida.
Sim, eu prefiria ficar sem teste nenhum, no meu cantinho, mas quem sou eu para controlar as vontades desse mundo que nos cerca? E se foi, de algum modo, era para ser. A batalha não acabou, o que importa agora é a coragem para seguir em frente. O sopro que apaga uma chama, reacende o que for para ficar. Novas portunidades virão, e um dia, eu sei, você vai ver seus filhos brilharem e quase alcançarem o céu - não só no hipismo, mas em todos os setores. Você foi o melhor pai, e de resposta seremos grandes também. Até lá, não se esqueça de uma pequena coisa:
Me atiro do alto e que me atirem no peito, da luta por você não me retiro.
Se tens tanto que ir, por que continuas a ficar? Por que tu deixas parte de ti comigo?
A lembrança. A saudade. Não são minhas. São suas. Me perco nelas. Me deixo por aí, olhando para cima e lembrando das juras trocadas, beijos e abraços.
E por me perder nelas que tudo se torna tão difícil. Mas por ser parte de você, é inevitável que eu não me entregue.
E fico esperando, com as suas partes que me foram deixadas que o meu inteiro chegue para fazer do meu sorriso maior que eu.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Preciso de mais auto-controle. Mas há dezesseis anos nunca tive, não coloco fé que conseguirei agora.
Só cansei, cansei dessa gritaria que é o inferno da minha casa. Já não basta me cansar de mim, preciso cansar do meu meio-ambiente também?
Fecho os olhos para não explodir. Preciso de uma salvação e preciso rápido.

-
E a tpm ajuda...
E carrega nos olhos a última esperança, aquela que não morre. Inspira todo o ar que consegue e vai. O medo a segue em seus calcanhares, suas mãos tremem, mas vai. Seus pulmões em chamas, sua pele pálida, mas os olhos brilhando sempre e vai.
Consegue, e a chama dos teus pulmões passa para seus olhos, a chama do triunfo. O ar de vitória.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

As palavras não foram feitas para serem jogadas pelo vento. Elas foram feitas para serem direcionadas a todos aqueles que querem ouvir, para que eles possam guardá-las e levá-las pelo resto da vida.
Isso não acontece com as minhas palavras.
Elas são jogadas de modo brutal, ninguém se importa, ninguém lê, ninguém ouve.
São deixadas para trás como lixo, as pessoas passam por elas constantemente e teimam em não olhar na sua direção.
E eu, a dona das palavras, me sinto ignorada, alguém que tanto que falar e ninguém se dispõe a ouvir.
Como sempre, sou deixada de lado. E me sinto só.

-
Dias horríveis vão e vem, não aguento mais.
A verdade. Ela não existe, é apenas um abrigo para as pessoas se acalmarem diante ao fato.

domingo, 12 de julho de 2009

Você sempre me deixa com um sorriso bobo e a maior saudade do mundo. Toda vez que passa pela aquela porta, todo último beijo, cenas difícies de fazer tornar real. Como acordar depois de um sonho muito bom, é o meu sonho. E vivo todos esses dias sem ele, só para sentí-lo de novo. Eu vivo atrás desse sonho e outras coisas são só passatempos para eu parar com a contagem regressiva que eu faço todo o tempo que você não está aqui. E faz 13 meses que vivo nesse felizes para sempre. E a eternidade nunca fez tanto sentido quanto agora.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Tô pensando na hipótese das pessoas não me conhecerem por inteira seja porque eu não sou nada além de eu mesma, e minha pessoa não pode ser entendida por ninguém além de mim.
A essência propriamente dita, não pode ser traduzida aos sentidos humanos.

-
Eu só queria ser alguém válida.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

De repente senti uma falta. Uma falta que eu nem deveria sentir, seja pelo orgulho que me ocorreu, seja pelo passado desastroso. Você poderia ser o que for, mas sempre foi meu amigo. Pena que não era recíproco esse senso de amizade, da sua parte era muito mais intenso. Mas eu sinto falta das nossas risadas sem sentido, dos conselhos e até das brigas - que não eram poucas. Eu só sinto falta de você.
Mas disso ninguém pode saber.
Ninguém me conhece. Esse é o problema. Toda essa massa que não é digeridano meu estômago e que vai crescendo dentro de mim a cada minuto. As pessoas me vêem - a aparência, o que eu faço, a superfície - e param por aí. É o suficiente para eles. Mas não é o suficiente para mim. (Nina Malkin - Confissões de uma Banda 2)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Eu criei todos os meus inimigos, um a um, diretamente ou não. Alguns odeiam fielmente a minha pessoa, outros apenas não gostaram da impressão que eu deixei ao me ver passar. E muitos me odeiam simplesmente por não ser eu. Paradoxal e insano. Isso que eu chamo. Eles tentam, mas cada um é bom na arte de se ser. Se quer tanto ser quem eu sou por que não sofrer o que eu sofro? Ou você achava que minha vida se resume nesse sorriso barato que coloco em meu semblante? Posso ser o que você achar que sou, pode ser o que você achar que é, mas que a verdade seja dita: o verdadeiro ser está nos olhos, e o brilho dos meus você realmente não tem.

domingo, 5 de julho de 2009

E a pergunta que não cala: O que será de mim?

Viver sem o meu refúgio. Sem meu cantinho. Sem você.

Não dá.

sábado, 4 de julho de 2009

Sempre julgam meu sofrimento bobo, argumentam que há pessoas que sofrem mais, por não terem condições.
Já despedaçaram o seu maior sonho? Você já o viu morrer na sua frente e não pode fazer nada?
O sofrimento das pessoas deveriam ser medidos assim, com o grau de desilusão.

O meu não cabe em uma medida, não existe mais a garota que costumava morar em mim.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Felicidade em sua forma mais concreta é o momento que os meus olhos estão voltados para os seus, momento único e digno de esquecimento de qualquer crise, de qualquer dúvida. Não importa quem eu sou no momento que seu sorriso é causa minha.
E retribuo com o maior sorriso que alguém poderia dar.

Obrigada por ser tudo.
É lorinha, tu não me enganas com esse sorrisinho de metade não. Muito menos com essas cores improvisadas que te rodeiam. Eu sei que esse jeito de ser não passa de uma máscara, eu sei pequena, eu sei. Sei também que quando estás mais triste, mais animada aparenta estar. Sei que tu és preta e branca por dentro e essas cores só disfarçam a monotomia da sua alma. O real está nos olhos, olhos que ninguém se importam em desvendar, se mexem nervosos a procura de um foco no horizonte. Mas eu, somente eu, consigo ver menina, eu consigo vê-los nitidamente do outro lado do espelho.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Se é a coragem que conta para seguirmos em frente, não quero sentí-la nunca mais.
Para que mais um tombo? Se eu posso ficar oscilando na minha realidade fútil e idealizada que eu criei?
A dor. O vazio aqui dentro que se debate. A dificuldade de enfrentar mais uma noite de insônia.
Ela vive em mim. Cada base de sustentação rachando, cada desabamento, cada tombo, parecem arder mais ainda em cima dos machucados frescos e não cicatrizados. Olho para o céu. Infinitude que me trouxe tantos sorrisos por sua beleza hoje me dá uma sensação de vazio.
Meus sonhos, foram um a um sendo partidos pelo egoísmo alheio - ou o meu mesmo.
Nunca mais vai ser a mesma coisa, em nada.
E sobra dor, só dor, para sempre será.

De menina me transformo em agonia, o que será depois?
Não vá, não me abandone. O que será de mim? O que será dos meus dias? Como eu poderei visitar os lugares se eles ainda guardarem sua presença? Como vou lembrar dos meus feitos, se você fez parte deles? Eu sei que não depende da sua vontade, mas quero que saiba que se dependesse da minha nada disso estaria acontecendo. Por favor, não me deixe assim, não esqueça de mim, lembre de quem te deu abrigo, te deu berço, te deu a maior atenção do mundo, e sorriu por estar o fazendo. Com você eu tive meus maiores voôs, minhas mais prestigiadas vitórias. Eu guardei parte do meu coração com você, deixei ele na mão da sorte. E agora, não sei o que fazer quando o que mais me fazia chegar perto do que podemos denominar orgulho e confiança se for. Te amo muito, anjo. Para sempre será. O meu.

O que é que o teu reflexo diz?

O que seu espelho mostra pra você, quando você está de frente pra ele? O que é que você diz de você mesmo, do que você faz, do que você fez, do que você pensa? Seria possível tamanho distanciamento de si mesmo, a ponto de tecermos uma auto-avaliação que não seja contaminada pela nossa vaidade?
O que tenho descoberto é que, a cada dia que passa, nós, que acreditamos em nós mesmos, vemos no reflexo algo cada vez mais parecido com o que sonhamos. Que fique claro que não me refiro, aqui, à imagem física, às aparências e às enganosas armadilhas que essas nos colocam pelo caminho. Eu falo de sonhos, e de objetivos, que nada mais são do que sonhos dos quais a gente realmente está correndo atrás. Eu falo de missões que a gente dá a si mesmo. Estamos cumprindo? Estamos, ao menos, tentando cumprí-las? Será que a gente sabe qual é a nossa missão aqui?
O espelho pode nos dizer isso melhor do que ninguém. Estou cansado de gente que não consegue olhar nos olhos, pura e simplesmente por não saber que é atrás dos olhos que se encontra a nossa alma, nosso verdadeiro ser. Essas pessoas não conseguem nem olhar nos seus próprios olhos, pois sabem que vão ver o que não querem, mas sabem o que é. Sabem que estão em débito para consigo mesmos, e não se demonstram interessados em saldar essas dívidas.
Falando assim, posso parecer feito de certezas, quando, na verdade, não passo de um homem cheio de dúvidas. Mas são essas dúvidas que me guiam atrás de respostas. E o que eu digo aqui, eu aprendi durante essas buscas infindáveis. Quantas vezes acabei encontrando uma pergunta ainda mais inquietante, quando tudo o que eu queria era uma resposta curta e certeira. Não há. Nunca houve. Algumas delas o espelho me conta, quanto a outras, me dá somente dicas confusas. E tem também aquelas que são tão complicadas que eu nem sei por onde começar a perguntar. E é por não ter respostas para tudo que eu acabo escrevendo pra mim mesmo essas perguntas. Um dia eu vou saber responder. E vou escrever na minha alma, para que todos leiam por detrás dos meus olhos.

Começando com beeshop.