sábado, 28 de novembro de 2009

Tentando

Abraça suas pernas para não quebrar no meio. Aperta firme. Quer se manter unida. Tarde demais. Se perdeu de novo...

Quero voltar, voltar no tempo.

Acordei às seis horas da manhã hoje. Já me sentindo vazia. E sozinha. Eu não aguento mais. Me sentir no meio do nada. Eu quero voltar. Quero ser aquela menina colorida com grandes sonhos e grandes expectativas. Eu tento voltar. Eu não consigo. E isso dói. Choro tanto. Eu quero me achar. Quero meus amigos. Minha sperança. Eu cansei de ser um nada.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Eu paro.

Eu queria ter parado o mundo tantas vezes. Ele tinha que ter parado. Porque o tempo foi passando e eu fui degradando. Cada dia mais eu vou parando. Sem o tempo. Ele corre, solto por ai. Eu paro. Cada vez mais lenta. Eu vou parar.

O mundo não vai paraar

É tão idiota estar chorando aqui sozinha. Tão inútil escrever o que eu sinto. Que diferença faz para o mundo? Que diferença eu faço? Eu posso estar aqui derramando um rio inteiro e não faz diferença na vida de ninguém. E quem entende? E quem consola? Eu tô sozinha. Sempre estou.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Volta?

A entrega. Não precisa de expectativas. Não precisa de volta. Ela é bonita quando se não exige. E eu tenho feito dessa entrega meu modo de vida. Não quero depender do que vem depois dela. Quero me entregar por mim. Para satisfazer a vontade que eu tenho de abraçar, declarar, deslumbrar. O amor pelo céu. É uma entrega sem volta. E ninguém se arrepende de passar segundos olhando aquele azul encantador. Será assim com tudo que amo. É.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mais uma vez

Como doem essas despedidas frequentes. Como são destruidoras. Levam o meu ser. Me deixam só, tão só. É o momento que eu me perco de novo. É o dia em que eu preciso de desculpa para acordar. É o tempo em que eu volto para o espaço. Sim, ele me completa. Em todos os sentidos. E dói, essa saudade...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Cobranças

Existe a entrega. Existe o carinho. Existe a confiança. E pronto. Você é deixado para trás. É a linha do tempo. Aqueles que riam comigo me deram as costas. Aqueles que se diziam ser para sempre esqueceram de mim. Não estou dizendo agora. Agora quem os abandonou foi eu. Porque na hora que eu estava tão perdida ninguém veio me procurar. Ótimo. Me deixa sozinha então.


(Não tem a ver com o Vítor)

Compreender

Texto de agosto.

Ela não precisou dizer nada - suas crises, seus choros, medos, pensamentos, realizações - carregava as dores no olhar e mesmo assim foi preciso somente um abraço daqueles bem apertados para fazê-la esquecer de todos os temores. Ele não precisava saber, tampouco entender, só sua presença já acalmava tudo dentro dela. Era a paz que ela procurava a cada minuto sufocado.
Mesmo se passando tanto tempo, a sensação de paz é tão inigualável que ela se questiona se sentirá de novo e de novo. Cada dia é um dia diferente e cheio de sorrisos quando ela o via. Independente de tudo, ele a fazia feliz. Ele a faz feliz.

Dias de abstinência

Acho que a pior parte da saudade é a despedida. A conciência da tempestade que está por vir. A vontade de prender, de agarrar, não deixar sair por nada. Me vem uma falta de ar, meus olhos ficam marejados. É pedir demais ter você por perto? Porque eu preciso de você, não sei ser metade. Quero ser inteira. Quero sua boca no meu rosto, braços entrelaçados, palavras de esperança. Quero sentir minha vida com o coração palpitando o mais próximo do meu que puder. Quero te dizer que sou sua, que sempre vou ser, que você tem poder sobre mim. Quero você aqui e quero agora

Íris

Aqueles traços. Seu olhar brilhante como sempre fora. Seus lábios notáveis. Suas pequenas sardas espalhadas sobre um rosto de calma. Ele estava me olhando. Parecia normal. Depois de tanto tempo, quem não acharia que não o era? E não era. Esses pequenos momentos que o espio por baixo de minha franja seu olhar, esse pequeno cruzamento de energia. É nisso que me inspiro todas as manhãs antes de abrir os olhos. Era ali que eu me encontrava. Não importava quantos olhares já me foram dado, era aquilo que eu deslumbraria pelo resto da vida. Tudo está naquele olhar. Não precisa de palavras. Não precisa de nada. Só aquele olhar.

Era só isso.

A campainha tocou

Primeiro texto do blog que não tem a ver comigo. Fiz numa aula de física e achei bonito.

Eu abri a porta e lá estava ele. Parado em minha frente com aquele sorriso e com ar de quem nunca havia me deixado. Mandei-o entrar. Sentamos. Por que voltou? Olhos confusos se mexendo nervosos. Vim para cuidar de você. Eu não preciso. Você sabe que sim. Me abraçou. COlocou meu rosto em seu ombro e não demorou muito para as lágrimas se mostrarem presentes. Passou a mão nos meus cabelos. Enxugou minhas lágrimas. Senti sua respiração no meu ouvido. Eu sei como se sente e não vou deixá-la sozinha.

E não sou eu que vou impedir sua presença.

Parar

Havia uma parte nela que queria recomeçar. Certo. Mas a dor já havia tomado conta do seu ser. Ela já havia desistido e uma vez desistente não há caminho para voltar. Ela tentava negar seu presente. Mergulhava em memórias. Sorria com tardes nostalgicas. Ela tentava voltar. Ela via aquilo com sede de saudades. Claro que valeu a pena ter vivido. Mas não mais. Ela se perdeu. Se desvinculou. Soltou-se de tudo que era ela em si. Ela se perdeu. Não sabia quem era. Não sabia o que falar na hora de falar. Não sabia de nada. Ela se perdeu.

Perdida perambula por ai em busca de caminhos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Perdi

Eu me sinto perdida. Não há outro adjetivo para descrever. Como se eu estivesse flutuando e flutando no espaço. Tipo bolha de sabão. Sem ter para onde ir. O tempo o vento me levam. Carregada de passado. Coisas que nunca voltam. Estou perdida.

O meu sol

Há anos eu desisti de fazer com que as pessoas me entendam. Eu sou de outra sintonia. E eu não preciso que ninguém entenda o que ele significa na minha vida. Não preciso que ninguém veja a entrega que é feita. Ninguém entenda o quanto eu preciso vê-lo feliz e o quanto eu nasci para isso. Eu quero mantê-lo tão longe de tudo de ruim. Quero ver o sorriso dele. Quero viver para isso. E ser feliz.

Vítor. É para ele que dedico minha vida. Sem medo.


Pena que quando digo ninguém vê, ele está incluído.

Poder diferente de querer

Eu tento esquecer. Eu juro que tento. Eu tento dar um novo rumo. Eu tento mudar o que me foi concedido. Mas cada detalhe, cada percepção. Tudo me lembra. Tudo me coloca no mesmo lugar. Cada olhar, cada frase que me é dita. Não adianta. A desistência faz parte de mim.

Andando

Cada movimento. Cada pessoa que passa por mim nessa rua. Cada rosto contando a sua história. Eu não posso ouvir os sussurros que saem de seus olhares. Eu não posso escutar nada. Eu estou perdida. Como cada manhã, como cada momento. E ando, ando, ando, sem direção. Por ai. Como quem não conhece sobre o caminho. Sobre a vida. Sou fraca demais. Não aguento os tapas. Não aguento a dor.

Era só mais uma manhã normal.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

sobre-vivendo

Esquecida. Uma garota esquecida. Ignorada. Deixada para trás. É isso que eu me sinto. É isso que pulsa nos meus ouvidos em uma frequência constante. Cada batida um desespero. E vou seguindo. Fingindo que há algo aqui dentro.

É difícil morrer todo o tempo e ter que continuar viva.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O mundo não é mais o meu

Queria pegar minhas lembranças e ir embora assim como quem pega as roupas para partir em viagem. Sumir. Ser suficiente com aquilo que juntei. Sem depender da opinião daqueles que um dia aqueceram meu coração. Eu já não sou mais a mesma. Mudei. Perdi tudo que tinha. E me sobraram lembranças. Lembranças engraçadas. Bonitas. Únicas. Daquelas que nunca se repetem. Daquelas que me tiram lágrimas em todos os fins de tarde. Acabou para mim.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Esperando

Triste é dormir com os olhos cheios de lágrima. Ter tanta coisa para
falar. Tanto para pedir. E vacilar na hora do encontro. Não conseguir expressar o que sente. Solidão é
implorar carinho para o ar. Passar os dedos nos cabelos e consolar a si
mesmo. Ele virá. Decepcionante é ansiedade que vira despedida. Todos os dias. Agonizar é ter que viver tudo várias vezes. Ansiar a felicidade chegar. Até a hora esperada. Que de hora não tem nada, vira momento e se vai...

Amebóide

Queria poder desfazer de todos os meus sentimentos, desejos e emoções. Me tornar um nada. Não sentir. Acabar com tudo de uma vez. Porque é isso que eu me sinto perto de todos. Ninguém. Sem pensamentos. Sem príncipios. Solitária e sozinha.

Alguém acaba com isso de uma vez por todas?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Flutuando

Minha solidão não é algo físico. Não é algo que se possa perceber. Ela vem no momento em que ninguém parece me compreender. Acontece o tempo todo. Julgam meus atos sem saber a avalanche dos meus pensamentos. Não entendem como é difícil. Como é triste. Como é me ser.

Me sinto flutuando em um espaço. Sem sentido. Sem caminhos. Eles não entendem o quão solitário é estar perto de tanta gente e ninguém ver a tristeza nos meus olhos. Que já não escondem mais nada.

A verdade.

Eu tenho me buscado. Passado por caminhos difícieis. Tentando virar nas curvas certas. Tenho tentado me encontrar e tem sido trabalhoso. Acordando todos os dias na expectativa de me conhecer. E foi me procurando que eu achei a única verdade.


Eu não sou ninguém.