domingo, 31 de janeiro de 2010

E a garota ri

Não adianta brigar com o tempo. Na minha luta contra o relógio ele sempre vence e só faz as coisas ficarem mais tortuosas. Ninguém liga se eu estou a horas jogada nessa cama. A única a perder sou eu. Culpa dessa enorme paranóia de ser sozinha. Quem morre por um dia sem ninguém? Eu, sempre eu, a frágil. Me debocho o tempo todo. Como alguém assim conseguiu sobreviver por tanto tempo? Uma fraca. E vou me afundando mais. Chorando aqui e lamentando ali. É a verdade, ninguém quis minha companhia. Ninguém quer alguém com energias negativas. É o preço que eu pago. Fico olhando a janela. O céu infinito lá fora ficou comigo o tempo inteiro. Como quem faz um afago na cabeça. Minha imaginação tomou conta de mim durante todo o tempo. Imaginando sonhos - que estão fora de alcance. E dói tanto. Parece que não vou conseguir respirar se ficar mais alguns minutos nesse estado lamentável. É patético, eu sei. Fico repassando toda a minha vida e me perguntando aonde eu errei. Parece até que me foi roubada a felicidade. Me tiraram o dom de sorrir e eu fiquei ai oh, jogada. Isso tudo parece tão irônico. Eu sou realmente uma fraca. O mundo não vai parar para você, Marina.

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